domingo, 23 de outubro de 2011

RECOMEÇO

Minha história se define à um momento: Você.
Minha mente, minha vida, tudo!
Tudo o que eu faço é pra você,
Mesmo assim você não está aqui.

Você nunca esteve aqui,
Eu fui o melhor para você,
Mas estava errado,
Agora serei seu pior.

Pense em nós no passado,
Pois o futuro serei apenas eu,
Não será nada ruim
Se o que eu fizer for para mim.

O futuro será agora
E farei o meu melhor
Apenas para mim,
É hora de recomeçar.

UM FILME

Como deixar você ir
Quando não vivo sem você,
Como deixar você amar outro alguém
Quando não respiro sem você.

Você foi tudo para mim
Nunca fez nada de errado,
Ao contrário...
Fui eu que sempre fiz.

Isso não é como um filme,
Estou com outro alguém,
E não terá um final feliz,
Ao menos para mim.

Se fosse um filme,
Você estaria aqui,
E mesmo assim,
Não deixo você ir...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ELE



29 dias ele esperou
29 cartas ele mandou
A 29 mulheres ele negou
E 29 vezes, você o matou.

Seu amor, para ele era tudo.
Era terra, céu e mar,
E hoje é pó... Você se foi.

E no caixão, você levou:
O coração, a esperança e a alma
Aqui ficou apenas um homem,
Ossos, um pedaço de pele e dois olhos.

Juntos, apenas esperando
O dia que ele irá te reencontrar.

domingo, 29 de maio de 2011

TESTAMENTO


O meu corpo e minha alma entrego à Deus,
Mas o meu coração... Entrego ao Diabo.
Ao Diabo vão todos os meus amores platônicos,
Juvenis, quase imbecis,
Que vivi sempre sem querer.
À Deus vão todas as vezes que não me dei,
Disse não sem saber por quê.

A lista de amantes que nunca tive,
As noites de inveja ao ver Iara se banhar,
Doenças inventadas por pura preguiça.
Tudo é mais humano,
Mais poético e até mais mulher,
Do que um marido no sofá
Ou uma louça suja para lavar.

O Diabo me deixou ser feliz sempre que errei,
Já Deus, ao meu lado nas ressacas do dia seguinte.
Dos dois tenho um pouco
E às vezes nenhum.

Mas não importa o caminho traçado,
O meu coração vai sempre:
Se entregar, errar,
E até enganar,
Toda vez que o amor, de novo, me chamar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A PRINCESA E O URUBU (2° VERSÃO)


OBS: MUDEI O FINAL ESTE ERA UMA VEZ A PEDIDO DE UMA DOCE AMIGA MINHA.


Era uma vez... Uma princesa.

Uma princesa Serafina
Que passava a tarde inteira,
Todas as tardes
No seu lago a flutuar.
Imaginava ser um pássaro,
Sempre, sempre a voar.

Um dia, certo urubu
Ali passando, pensou:
Eu posso, vou ensinar,
Aquela menina vai voar.

E a ela mostrou tudo
Toda a arte, todo o segredo.
Em um, dois, três dias,
Nas nuvens ela já estava,
Brincando de pula-pula
Dando pirueta no ar.

No entanto, o urubu cobrou.
Ele tinha um preço.
Queria seus braços,
Suas pernas e sapatos.
Como agora ela tinha asas,
Deles não mais precisava.

O urubu muito queria
Com homens a mesa sentar.
Ele estava cansado.
Por todos, era evitado.
Agora seria sua vez
Também seria abraçado.

Serafina ficou com pena.
Tanta... Tanta pena,
Coitado, pobre urubu.
Que não pensou, deu.
Deu seus braços e pernas,
Deu também seu coração.
O urubu, todo excitado

Cego do sacrifício... Doce menina.
Foi do vento, seu abraço agarrar.
Mas o vento estava frio,
Como qualquer outro, o evitava.
O porquê, ele não entendia,
Por que tamanha frieza?
Apenas ali não o queriam.

Então ele voltou para traz
Foi a Serafina perguntar.
Tem algo comigo de errado?
Quando o urubu a viu
Assim no chão, toda estirada.
Seus braços não queria mais,
Posse então a chorar.

E assim finalmente termina
O maior abraço já dado
Por uma doce menina
E um urubu desabraçado.

domingo, 15 de maio de 2011

A PRINCESA E O URUBU



Era uma vez... Uma princesa.

Uma princesa Serafina
Que passava a tarde inteira,
Todas as tardes
No seu lago a flutuar.
Imaginava ser um pássaro,
Sempre, sempre a voar.

Um dia, certo urubu
Ali passando, pensou:
Eu posso, vou ensinar,
Aquela menina vai voar.

E a ela mostrou tudo
Toda a arte, todo o segredo.
Em um, dois, três dias,
Nas nuvens ela já estava,
Brincando de pula-pula
Dando pirueta no ar.

No entanto, o urubu cobrou.
Ele tinha um preço.
Queria seus braços,
Suas pernas e sapatos.
Como agora ela tinha asas,
Deles não mais precisava.

O urubu muito queria
Com homens a mesa sentar.
Ele estava cansado.
Por todos, era evitado.
Agora seria sua vez
Também seria abraçado.

Serafina ficou com pena.
Tanta... Tanta pena,
Coitado, pobre urubu.
Que não pensou, deu.
Deu seus braços e pernas,
Deu também seu coração.
O urubu, todo excitado

Cego do sacrifício... Doce menina.
Foi do vento, seu abraço agarrar.
Mas o vento estava frio,
Como qualquer outro, o evitava.
O porquê, ele não entendia,
Por que tamanha frieza?
Apenas ali não o queriam.

Então ele voltou para traz
Foi a Serafina perguntar.
Tem algo comigo de errado?
Quando o urubu a viu
Assim no chão, toda estirada.
Seus braços não queria mais,
Posse então a chorar.

O urubu obcecado
Por um velho desejo,
Não mediu amigos,
Não mediu conseqüências
Apenas queria...
Queria braços e pernas.

Mas para isso
Perdeu Serafina,
Um amor de menina,
Uma pura amiga...
Agora sem vida.
E foi nesse estado,
Na condição sem condição,
Que ele a deu um abraço,
O seu primeiro abraço.

Para ela, Serafina.
Aquela que o abraçou com vida,
Sua vida pelos abraços do menino.
O maior abraço já dado
Por uma doce menina
E um urubu desabraçado.

sábado, 30 de abril de 2011

PECADO



Padre, eu pequei.
E pelo meu pecado
Não espero perdão, penitência
Ou qualquer Pai Nosso.


Estive com a mulher da minha vida.
Passei a noite a observá-la
Cada detalhe ou curva... Decorei.
Paixão... A minha mais louca,
Ontem vivi e me queimei.
Por ela, simplesmente amei.

E quando ela se foi
Eu não disse: eu te amo,
Não a despi nem gritei seu nome
Apenas a abracei
E a deixei ir.

Existe pecado maior?
Agora ela está com outro...

domingo, 10 de abril de 2011

O SAPO E O REI


Era uma vez um sapo...
Um sapo sem cabeça,
Em um trono, sentado.
O leito perfeito
Para um ÚNICO homem
E suas memórias de sapo.


Havia também um quadro,
O retrato de um tal rei vivo
Estava bem perto do trono.
Dependuro... Assim, um sapo degolado.


Uma menina ali sentada,
Toda a cena completava
Agarrada ao vestido
Como o sangue manchado.


Todos na corte estavam acuados
Em um canto do canto,
Bem longe, assustados.


Ninguém rezava ou algo dizia,
Apenas murmuravam.
Foi ela... Foi ela...
Aquela... Com a foice...
Decapitou do sapo, todo o reinado.


Mas por que? Alguém perguntava.
Assim tão doce, tão pequena,
Com lágrimas de uma menina,
Sem as mãos de uma assassina,
Ainda soluçando se explicava:


“Foi o rei... Culpa ele...
Ele me prometeu ser um príncipe
E apenas por isso, o beijei
Mas ele mentiu... Era um sapo.


Papai e mamãe sempre disseram...
Para mentiras e trapaças, ou qualquer ilusão,
Só o fim pela raiz, se refaz um coração.”


E foi assim... Ela se refez e saiu
Com uma cabeça na mão.
Deixando para trás uma profunda lição:


Nunca faça de palavras decepção,
Pois elas tal qual atos,
A ti, um dia retornaram.

domingo, 27 de março de 2011

O PÁSSARO E A FLOR



Era uma vez... Um pássaro amarelo
E ele era muito exigente,
Enquanto os outros pássaros iam de flor em flor
Apenas aproveitando o néctar de cada uma
Esse não queria qualquer flor para si.
O pássaro amarelo buscava uma flor sem cortes ou ranhuras
Desejava uma flor perfeita, a mais doce e mais bela.
Aquela que seria digna de seu coração.

O gafanhoto, velho sábio,
Viu aquilo e receoso disse:
Meu querido e amarelo pássaro
Não sabes que a perfeição não existe?
Todos têm defeitos e qualidades.
O que existe é aquela flor que mesmo com todos os defeitos
Irá te encantar e te completar.

O pássaro não deu muita atenção ao gafanhoto,
Achou que ele estava ficando muito velho,
E foi outra flor buscar.

Certo dia ouviu um pássaro verde dizer
Que ouviu de um pássaro azul
E este ouviu de outro pássaro já sem cor
Que existia uma flor no alto de uma montanha.
Especial, única, perfeita
E ninguém nunca tinha conseguido viver
Para de o teu néctar provar.
Logo o pássaro amarelo se animou


E para o alto da tal montanha
Sua jornada começou.
Eram nevasca, fome e medo.
Dentre outros desafios enfrentou.

E quando não havia mais esperanças
O pássaro obstinado pensou
Morri e nunca provei de uma flor.


E neste momento, em algo suave e frágil
Sua asa surrada se apoiou.
Que surpresa! Era uma flor.
A única coisa viva e quente que ali existira.
Deve ser ela a tão imaginada flor.

Mas esta não era nada perfeita.
Possuía inúmeras ranhuras.
Sua cor era simples e apagada.
E mesmo assim, lá estava ela.
Viva e disposta, feliz a sempre enfrentar a montanha.

O pássaro sem escolha
Do seu néctar provou.
Este era quente e aconchegante.
O carinho e dedicação no preparo
Foi sentido pelo agora sofrido cantador.

Não importava a cor ou cortes.
Aquela flor com seu suave néctar
Tocou fundo seu coração.
E foi então que o gafanhoto foi entendido.

A partir daquele dia,
O pássaro amarelo com sua flor branca
Do alto da montanha nunca saíram.
Tal qual você e eu, rosas e jardins.
Eles eram perfeitos um para o outro.