domingo, 10 de abril de 2011
O SAPO E O REI
Era uma vez um sapo...
Um sapo sem cabeça,
Em um trono, sentado.
O leito perfeito
Para um ÚNICO homem
E suas memórias de sapo.
Havia também um quadro,
O retrato de um tal rei vivo
Estava bem perto do trono.
Dependuro... Assim, um sapo degolado.
Uma menina ali sentada,
Toda a cena completava
Agarrada ao vestido
Como o sangue manchado.
Todos na corte estavam acuados
Em um canto do canto,
Bem longe, assustados.
Ninguém rezava ou algo dizia,
Apenas murmuravam.
Foi ela... Foi ela...
Aquela... Com a foice...
Decapitou do sapo, todo o reinado.
Mas por que? Alguém perguntava.
Assim tão doce, tão pequena,
Com lágrimas de uma menina,
Sem as mãos de uma assassina,
Ainda soluçando se explicava:
“Foi o rei... Culpa ele...
Ele me prometeu ser um príncipe
E apenas por isso, o beijei
Mas ele mentiu... Era um sapo.
Papai e mamãe sempre disseram...
Para mentiras e trapaças, ou qualquer ilusão,
Só o fim pela raiz, se refaz um coração.”
E foi assim... Ela se refez e saiu
Com uma cabeça na mão.
Deixando para trás uma profunda lição:
Nunca faça de palavras decepção,
Pois elas tal qual atos,
A ti, um dia retornaram.
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