segunda-feira, 16 de maio de 2011
A PRINCESA E O URUBU (2° VERSÃO)
OBS: MUDEI O FINAL ESTE ERA UMA VEZ A PEDIDO DE UMA DOCE AMIGA MINHA.
Era uma vez... Uma princesa.
Uma princesa Serafina
Que passava a tarde inteira,
Todas as tardes
No seu lago a flutuar.
Imaginava ser um pássaro,
Sempre, sempre a voar.
Um dia, certo urubu
Ali passando, pensou:
Eu posso, vou ensinar,
Aquela menina vai voar.
E a ela mostrou tudo
Toda a arte, todo o segredo.
Em um, dois, três dias,
Nas nuvens ela já estava,
Brincando de pula-pula
Dando pirueta no ar.
No entanto, o urubu cobrou.
Ele tinha um preço.
Queria seus braços,
Suas pernas e sapatos.
Como agora ela tinha asas,
Deles não mais precisava.
O urubu muito queria
Com homens a mesa sentar.
Ele estava cansado.
Por todos, era evitado.
Agora seria sua vez
Também seria abraçado.
Serafina ficou com pena.
Tanta... Tanta pena,
Coitado, pobre urubu.
Que não pensou, deu.
Deu seus braços e pernas,
Deu também seu coração.
O urubu, todo excitado
Cego do sacrifício... Doce menina.
Foi do vento, seu abraço agarrar.
Mas o vento estava frio,
Como qualquer outro, o evitava.
O porquê, ele não entendia,
Por que tamanha frieza?
Apenas ali não o queriam.
Então ele voltou para traz
Foi a Serafina perguntar.
Tem algo comigo de errado?
Quando o urubu a viu
Assim no chão, toda estirada.
Seus braços não queria mais,
Posse então a chorar.
E assim finalmente termina
O maior abraço já dado
Por uma doce menina
E um urubu desabraçado.
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