terça-feira, 31 de agosto de 2010

MORTE DE MARIA


 
Maria não sabia chorar.
As lagrimas sumiram.
Elas que diminuem a dor,
Que lavam a alma.

Maria queria então gritar
Mas a garganta não expulsava a raiva.
Muito menos ajuda pedia.

Maria também não corria.
O medo não deixava,
As pernas só tremiam.

Maria se quer morreria
Se seu coração ainda amasse.
Maria...

Do seu peito foi arrancado o amor,
Dos braços e pernas as forças,
Do rosto o sorriso,
Dos olhos a vida.

Mas a alma ainda estava lá,
Tão pálida e dura quanto Maria
Apenas esperando...
A Tão esperada morte de Maria.

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