sábado, 4 de dezembro de 2010

BORBOLETA NEGRA




Uma borboleta pousou no meu dedo.
Sentiu o gosto do meu medo
E voou. Voou para onde não sei.

Suas asas eram negras.
Delicadas, pareciam se desmanchar no ar.
E mesmo assim ela voou.
Para onde não sei.

Seu calor era sutil,
Tímida me conquistou.
Fez-me querer também voar.
Mas ela não me esperou e voou.
Onde, eu não sei.

Seu brilho era fugaz.
Sua vontade, concreto.
E com ela, meu amor também voou.

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