terça-feira, 12 de junho de 2007

PARA GRANDES AMORES EXISTEM PEQUENAS EXPLICAÇÕES




Certa vez alguém escutou:

-As Nossas Diferenças são Grandes... Mas o nosso amor é maior ainda maior.

Pensando nisso deixo aqui uma das coisas mais profundas e belas que já li de Drummond, pois pra quem ama a vida é assim: simples.




AS SEM RAZÕES DO AMOR - Carlos Drummond de Andrade


te amo porque te amo,

Não precisas ser amante,e nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça

e com amor não se paga.



Amor é dado de graça,

é semeado no vento,

na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionário

se a regulamentos vários.



Eu te amo porque não amo

bastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca,

não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,

feliz e forte em si mesmo.



Amor é primo da morte,

e da morte vencedor,

por mais que o matem (e matam)

a cada instante de amor.

SEDUÇÃO MAQUINÁRIA




Não tema, estou aqui.
Vou te levar o outro lugar
Além do tempo, do espaço.
O que você quiser como um "click"
Pode acreditar, basta pedir.

Não quero te assustar...
Meu toque é frio, eu sei.
Mas também sei aonde vou te levar.
Não escute os choros, os lamentos.
É inveja e hoje você não está só.

Medo? Consciência?
Tire essas vestes, me observe.
Apenas veja, sinta, relaxe.
Vou te mostrar um novo paraíso
Tudo a seu alcance.

Os fios?! Maquinas?
Desculpe a bagunça...
Eu sei, você me quer.
Já esqueceu o mundo lá fora,
Apertou a tecla "ENTER".

quarta-feira, 6 de junho de 2007

DEZ MANDAMENTOS

Em certa época da História, Deus achegou-se aos Egípcios e perguntou:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento?
- Não cometerás adultério.
- Não obrigado, isso arruinaria nossos finais de semana.
Então Deus perguntou aos Assírios:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento?
- Não roubarás.
- Não obrigado, isso arruinaria nossa economia.
E assim, Deus foi perguntando a todos os povos, até chegar aos Judeus:
- Vocês querem um mandamento?
- Quanto custaria?
- É de graça
.- Então manda dez.

terça-feira, 5 de junho de 2007

DE NOVO PONTE


Na extensão do chicote, tem o grito.
Só mais um na construção
Todos participam da transformação
Seja escravo, seja imperador,
De sangue ou desejo, a ponte vai existir
E não é o choro de mais um que vai impedir!


Na história, no pensamento, o caminho é vício
Por que não mais uma ponte?
Se ditadores já a fizeram de mortos,
Se libertadores já a fizeram de sonhos,
Todos querem uma nova ponte
E a minha vai ser de lírios.


No grito do beija-flor que outrora voou
Mais uma velha ponte se partiu
E vamos criar uma nova ligação
Do barro ao aço, todos fizeram um pedaço.
De baixo da ponte, de cima da ponte
Aonde o pensamento agora vai nos levar?!